Ciranda 6
No meu reino nunca morremos. Há o amor que nos sustenta, desde sempre, num estado de morbidez e torpor. Assim, suspensos em qualquer lugar e observando a vai-e-vem unútil dos pássaros a nos observar.
No meu reino nunca morremos. Há o amor que nos sustenta, desde sempre, num estado de morbidez e torpor. Assim, suspensos em qualquer lugar e observando a vai-e-vem unútil dos pássaros a nos observar.
No meu reino todos são poetas. Impossível não sê-los. Lá, andamos e tropeçamos em vários gauches e em vários bêbados que tomam vinho do porto até morrerem de cirrose. (porém alegres).
A pessoa mais tagarela no meu reino é o meu travesseiro. Por isso mesmo, embora um pouquinho frias, estou me acostumando às nuvens.
No meu reino, a palavra amor foi transubstanciada para: Joãozinho, Serginho, Bia, Vel, Tauã, Chiquinho, Mileninha, Vonícius e todas as crianças que sorriem tão lindas.
Não me lembro quem primeiro me apresentou Billie Holliday: se Jonas, meu irmão, ou foi com Greg, na Cabaret Voltaire, que me iniciei naquele mundo diferente, lírico, onírico e sacanírico da Lady.
Vou-me pra Passárgada.
De quando o circunflexo passou a se chamar chapeuzinho e o pingo do i mudou radicalmente para bolinha.
Na metade do século passado estávamos sendo governados por um governo de esquerda. Os milicos não suportaram isso e, juntamente com $$ amercano via CIA, tomaram o poder com um discurso de restauração da ordem e que sua estadia seria provisória. Deu no que deu. O governo ia bem, o povo é quem ia mal. O milagre econômico não calava a voz e a dor das pessoas que eram torturadas nos DOICODs da vida.
A corja vai voltar.
Walter Salles e João Moreira Salles, leia-se Unibanco, lançaram a "Piauí". Uma New Yorker tupiniquim ao que parece.
O que dizer sobre aquele debate de ontem?
Há alguns meses rabisquei num papel, na presença de amigos, que JW ganharia as eleições "dentro" de Salvador e que Lula não se reelegeria.